sábado, 17 de janeiro de 2009

OS FILHOS DE COMAGENE II

Gaio Júlio Arquelao Antíoco Epífanes (38-92 d.C.)


Filho primogênito de Antíoco IV Epífanes e Iotapa, reis de Comagene. No ano de seu nascimento em Samosata (38), o reino de Comagene foi restaurado pelo imperador Calígula de quem seu pai era amigo. No entanto, era apenas um reino-cliente de Roma. Gaio Antíoco (efígie ao lado) cresceu e foi educado entre Roma e Samosata. Embora carregasse em seu sangue a ascendência dos antigos reis persas, armênios e gregos, no mundo político de seu tempo era apenas um príncipe-cliente romanizado.
Como seu pai buscasse fazer alianças com os Herodianos, a dinastia governante na Judéia, arranjou-se o casamento de Gaio Antíoco com a princesa Drusila, filha do rei Herodes Agripa I (39-44). Na época eram apenas crianças. Agripa impôs a condição de que o príncipe futuramente abraçasse o Judaísmo e os costumes judaicos para confirmar o matrimônio.

Porém, Gaio recusou-se a adotar a religião e cultura judaicas. Quando da morte de Agripa I (efígie ao lado) o casamento não havia sido realizado. Drusila, por fim, foi dada em casamento ao rei de Emessa, Gaio Júlio Azizo (42-54) e Gaio foi prometido a irmã de Drusila, Mariamne. Deve-se assinalar que Azizo era filho da princesa comageneana Iotapa com o rei Sampsiceramo II de Emessa.
Em 49/50 o rei Agripa II, irmão de Drusila e Mariamne, cancelou o casamento entre Gaio Antíoco e Mariamne, porque novamente Gaio recusou-se adotar a religião dos Judeus.
Em 64 Gaio casou-se com Cláudia Capitolina, sua parente distante. Ela era filha do prefeito do Egito, Tibério Cláudio Balbilo, filho de Aka II descendente da família real de Comagene. Foram viver na corte real em Comagene onde tiveram seu primogêntio: Gaio Júlio Antíoco Epífanes Filopapo.
Em 70, Gaio Júlio Epífanes comanda tropas comageneanas em auxílio ao general romano Tito, filho do imperador Vespasiano, que na ocasião está cercando Jerusalém.
Em 72, Gaio foi acusado por Lúcio Cesênio Peto, o governador da Síria, juntamente com seu pai e irmão, Calínico, de conspirar com os partos contra os romanos. O imperador Vespasiano sente que precisa manter um controle mais direto sobre Comagene devido a sua importante localização: o cruzamento estratégico no Rio de Eufrates em Samosata.

Inseguro quanto à família de Antíoco IV, Vespasiano resolve exinguir o reino. Peto e os reis de Calcis e Emessa avançam para Comagene para concretizar a vontade de Roma, mas Gaio e Calínico preparam-se para resistir. Seu pai, o rei Antíoco IV prepara-se para fugir para a Cilícia. Após um breve choque de forças, Gaio e Calínico (retratados na moeda ao lado) fogem para a Pártia. Comagene passa a ser uma província romana e seus habitantes se tornam leais súditos do Império. Pouco tempo depois, Antíoco e seus filhos e demais parentes são levados a Roma onde são tratados com grande respeito e vivem esplendidamente.
Em 72 Cláudia da-lhe uma filha: Júlia Balbila. Em 79, seu sogro Balbilo falece. Após a morte de seu pai Gaio estabelece-se em Atenas onde morrerá em 92 d.C. e onde seu filho Filopapo será distinto cidadão. Após a morte de Gaio, Cláudia Capitoliana voltará para Alexandria onde se casará novamente com Marco Júnio Rufo, prefeito do Egito. Em Éfeso encontraram-se inscrições que mencionam seu nome e o de seu pai por causa dos Jogos Balbileanos.


Gaio Júlio Mitridates Calínico (1º século d.C.)


Era príncipe de Comagene filho caçula do rei Antíoco IV Epífanes e da rainha Iotapa e irmão de Gaio Júlio Arquelao Antíoco Epífanes (38-92 d.C.). Pouco se sabe sobre ele (efígie ao lado) quando nasceu, morreu ou se casou e teve filhos. Provavelmente, nasceu, cresceu e foi educado em Samosata, capital de Comagene e viveu os últimos dias do reino.
Assim como seu pai e irmão, foi acusado pelo governador da Síria, Peto, de conspirar contra Roma procurando associar-se aos partos, arqui-inimigos do Império. O imperador Vespasiano resolveu extinguir o reino e incorporá-lo à província romana da Síria. Embora tenha se preparado para resistir ao avanço das tropas romanas, por fim fugiu com seu irmão Gaio para a Pártia. Após o perdão imperial, Calínico mudou-se para Roma onde viveu com sua família sendo muito bem tratado. Não se sabe se após a morte de seu pai mudou-se com seu irmão para Atenas sendo desconhecido seu paradeiro.


FONTE: Wikipédia. Versão em inglês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário